ATA DA OCTOGÉSIMA OITAVA
SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 19-9-2013.
Aos dezenove dias do mês
de setembro do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores
Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Dr. Thiago, Fernanda Melchionna,
Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, João Derly, Lourdes Sprenger,
Luiza Neves, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Paulinho
Motorista e Pedro Ruas. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente
declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os
vereadores Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Cassio
Trogildo, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Idenir Cecchim, Jussara Cony,
Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Professor Garcia,
Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Tarciso Flecha Negra, Valter Nagelstein e Waldir
Canal. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de Lei do Legislativo nº 292/13
(Processo nº 2587/13), de autoria do vereador Guilherme Socias Villela; o
Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 008/13 (Processo nº 2514/13), de autoria do
vereador Idenir Cecchim; o Projeto de Lei do Legislativo nº 286/13 (Processo nº
2512/13), de autoria do vereador João Carlos Nedel; o Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 033/13 (Processo nº 2549/13), de autoria da
vereadora Lourdes Sprenger; o Projeto de Lei do Legislativo nº 296/13 (Processo
nº 2625/13), de autoria do vereador Paulo Brum; e o Projeto de Resolução nº
033/13 (Processo nº 2633/13), de autoria do vereador Valter Nagelstein. Do
EXPEDIENTE, constaram Ofícios do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da
Saúde, emitidos nos dias dois e treze de setembro do corrente. Durante a
Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Sexagésima Sétima, Sexagésima
Oitava, Sexagésima Nona e Septuagésima Sessões Ordinárias e da Décima Segunda,
Décima Terceira, Décima Quarta, Décima Quinta, Décima Sexta, Décima Sétima,
Décima Oitava, Décima Nona e Vigésima Sessões Solenes. A seguir, o senhor
Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao senhor Lotar Alberto
Markus, Vice-Presidente da Associação Comunitária dos Moradores do Bairro
Anchieta, que discorreu sobre problemas de poluição ambiental observados nos
arroios e valões que deságuam no rio Gravataí e sobre as condições de vida da
população do entorno desse rio. Em continuidade, nos termos do artigo 206 do
Regimento, os vereadores Pedro Ruas. Marcelo Sgarbossa, Bernardino Vendruscolo,
Elizandro Sabino, Idenir Cecchim, Jussara Cony, Airto Ferronato, João Carlos
Nedel e Waldir Canal manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna
Popular. Após, o senhor Presidente concedeu a palavra, para considerações
finais sobre o tema em debate, ao senhor Lotar Alberto Markus. Às quatorze
horas e quarenta e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos,
sendo retomados às quatorze horas e cinquenta minutos. A seguir, foi aprovado
Requerimento verbal formulado pelo vereador João Carlos Nedel, solicitando
alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Em prosseguimento, foi iniciado o período
de COMUNICAÇÕES, hoje destinado, nos termos do artigo 180, § 4º, do Regimento,
a tratar dos projetos Mães em Oração e Godllywood. Compuseram a Mesa: os
vereadores Dr. Thiago e Bernardino Vendruscolo, respectivamente Presidente e 1º
Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; as senhoras Waleska
Vasconcellos, Secretária Adjunta Municipal dos Direitos Humanos da Mulher,
representando o senhor Prefeito Municipal; Cíntia Cucato, responsável pelo
Projeto Godllywood; Carmem Pereira, responsável pelo Projeto RAAB/RS; Tatiane
Silva, responsável pelo Projeto T-Amar; Isis Albuquerque, responsável pelo
Projeto Mães em Oração; e o deputado estadual Carlos Gomes. Após, o senhor
Presidente concedeu a palavra, nos termos do artigo 180, § 4º, incisos I e II,
às senhoras Cíntia Cucato, Carmem Pereira, Tatiane Silva e Isis Albuquerque que
se pronunciaram sobre o tema em debate. Em COMUNICAÇÕES, nos termos do artigo
180, § 4º, inciso III, do Regimento, pronunciaram-se os vereadores Clàudio
Janta, Dr. Thiago, Mônica Leal, Any Ortiz, Elizandro Sabino, Waldir Canal,
Luiza Neves, Delegado Cleiton e Airto Ferronato. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se o vereador Valter Nagelstein e as vereadoras Jussara Cony e
Séfora Mota. Ainda, pronunciou-se a senhora Waleska Vasconcellos. A seguir, o senhor Presidente concedeu
a palavra, para considerações finais sobre o tema em debate, às senhoras Cíntia
Cucato e Isis Albuquerque. Às dezesseis horas e cinquenta e um minutos, os
trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e
cinquenta e dois minutos. Durante a Sessão, a vereadora Jussara Cony
manifestou-se acerca de assuntos diversos. Às dezesseis horas e cinquenta e
três minutos, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Dr. Thiago e
Bernardino Vendruscolo e secretariados pelo vereador João Carlos Nedel. Do que
foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada
pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Quero agradecer
a presença do grupo de senhoras que se encontra neste plenário para participar
do período temático de Comunicações, com o tema específico Projetos Mães em Oração e Godllywood, que visam ao restabelecimento
dos laços afetivos e ao fortalecimento da autoestima. Muito obrigado pela
presença de vocês; é uma satisfação tê-las acompanhando o nosso trabalho.
O Sr. Secretário
procederá à leitura das proposições apresentadas à Mesa.
(O Ver.
João Carlos Nedel procede à leitura das proposições encaminhadas à Mesa.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Passamos à
O Sr. Lotar Alberto Markus, Vice-Presidente da
Associação Comunitária dos Moradores do Bairro Anchieta – ACOMBA, está com a
palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos, para tratar de assunto relativo à
poluição ambiental dos arroios e valões que deságuam no rio Gravataí e
condições de vida da população do entorno.
O SR. LOTAR ALBERTO MARKUS: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, minha saudação a
todos. Gostaria de aproveitar para externar um agradecimento especial para o
Ver. Marcelo Sgarbossa e seu assessor Gilberto, o Beto, que fizeram a sugestão
para fazermos uso da Tribuna Popular com relação ao sério problema que está
ocorrendo com a poluição dos arroios e valões que desembocam no rio Gravataí,
no Loteamento que surgiu nos fundos do bairro Anchieta. Também gostaria de
saudar os demais presentes, e o Presidente da Associação, o Sr. José Nelson
Massochim e a Sra. Edna Martins Salgado.
(Procede-se à apresentação em PowerPoint.)
O SR. LOTAR ALBERTO MARKUS: Temos um apanhado de fotos que mostram a situação que precisa de
providências urgentes. Aqui mostra o arroio. Lá em cima temos o arroio Feijó,
que desemboca no Gravataí; depois, tem o arroio Areia; depois, lá de baixo é
que sai o valão que sai do Aeroporto. E, no meio, da Ouro Preto para cá, em
direção à ponte da Av. das Indústrias, quase todos os moradores já foram reassentados,
e ali continua uma poluição muito grande. Inclusive, aquele local virou um
lixão a céu aberto. Fizemos umas fotos de lá até o rio Gravataí. Ali se pode
ver, na parte de cima, na seta amarela, é o arroio Areia; na parte de baixo, o
valão. Esse valão vai até lá adiante, na entrada da freeway, pelos fundos, pelo mato, na Av.
Jaime Vignoli, e sai outro valão da Ceasa, depois, lá embaixo, outro valão da
BR 116, que desemboca lá onde é a Casa de Bombas nº 6, do bairro Anchieta, que
vai bombear água para o rio Gravataí.
Essa outra foto é com
relação ao loteamento que foi feito, no bairro Anchieta, por exemplo, na Rua
João Carlos More é um cul-de-sac, é
uma rua, que, na realidade, não tem 50m de extensão, ali não havia necessidade
nenhuma, é uma APP – Área de Proteção Permanente, onde foi derrubado o muro e
foi aterrado, foram jogadas diversas caçambas de pedras lá para fazer o
retorno. A partir do momento em que a Associação, então, peticionou ao
Ministério Público, as providências, daí isso foi suspenso. Não se sabe o que
houve. O que nós queremos, hoje, a Associação, é que não seja feito... não tem
necessidade de fazer esse retorno ali, inclusive aterrar uma área que é uma
APP, para fazer um retorno, para fazer um cul-de-sac.
Ali, depois começa,
aqui nesse trecho, no fim da Av. Severo Dullius, depois o trecho da Rua Lenea
Gaelzer até a ponte da Avenida das Indústrias. Vejam a situação – esse valão
que sai do aeroporto – que está lá: cachorro morto, lixo colocado.
Na rua lateral, na
lateral da rua, perto do valão, todo o lixo sendo colocado. Ali, novamente
também o valão, inclusive a água é preta e com óleo. A gente vê que tem óleo em
cima. Essas todas são fotos tiradas em 4 de julho.
Quero continuar
mostrando as fotos para que os senhores possam visualizar a situação. Isso é
debaixo da ponte da Avenida das Indústrias; vejam como está a situação. Depois,
essa foto é da parte de cima do arroio Areia; não se sabe que tipo de poluição
é aquela ali, que fica suspensa lá. A continuidade do arroio Areia, que está todo
amarelo. Arroio Areia também. Essa foto aqui é da parte de baixo do valão, em
direção à freeway. Vejam como está
isso. Eu me nego a chamar isso de água, aquilo é resíduo. Aqui, já mais em
direção à freeway, nesse trecho ainda
há moradores. Os entulhos que foram colocados ali. Aqui já é naquela entrada
que passa pelos fundos do Makro. Ali vem o retorno da freeway, ali a situação também, onde o valão passa e depois vai
ligar no outro, que vai desembocar na Casa de Bombas nº 6. Este aqui vai
debaixo daquela passarela da freeway,
em direção à Casa de Bombas nº 6. Ali é o Rio Gravataí, divisa com Canoas, o
outro lado dos pavilhões é Canoas, a parte de cá é o bairro Anchieta. Aqui
continua. São fotos... São em torno de 30 fotos; uma tirada no dia 30... Agora
outra tomada de fotos em 8 de setembro, e a gente constata que a situação, em
vez de melhorar, piorou. Olha a situação na Rua Lenea Gaelzer, novamente,
continuando, lá na rua. Aqui no meio da rua onde liga a Av. das Indústrias até
a Rua Ouro Preto, onde o pessoal já foi reassentado, ali aparece o muro onde
vai ser a ampliação do Aeroporto, da Infraero. Na realidade a gente constata
aqui que aquilo é lixo industrial, comercial, domiciliar, e a gente constata
pela quantidade e pelo volume, é uma quantidade enorme. Não é residencial. Há
todo tipo de lixo, metais pesados e outros. Mais tarde vai aparecer outra foto
lá também... Na realidade, de uma maneira ou outra, tudo isso vai chegar no
Gravataí, e tudo isso vai influenciar na qualidade de vida; é captada aqui, e
tem um monte de resíduos que vai gerar poluição, e tudo vai desembocar no Rio
Gravataí, onde depois, inclusive, uma cheia... O Rio Gravataí passa do lado de
cá do Guaíba, onde grande parte da água é captada para tratamento. Só quero
registrar também que essas fotos foram apresentadas no dia 09 de julho, na
reunião do Comitê da Bacia do Gravataí, na qual o Ver. Marcelo Sgarbossa
representa a Câmara de Vereadores, e apresentamos então para o Comitê, para o
presidente Paulo Samuel, umas 30 fotos, para demonstrar a situação, e
solicitamos providências. Então o Comitê da Bacia do Gravataí oficiou a SMAM no
dia 02/09, o Sr. Mauro Gomes de Moura recebeu, depois o Flávio Presser, do
DMAE, o Tarso Boelter do DEP e André Carús, do DMLU; tudo isso no dia 2 de
setembro de 2009.
Então, acho fundamental que sejam tomadas
providências, porque a situação está cada vez se agravando mais; e se fala
muito em poluição do Gravataí, em Cachoeirinha e em Gravataí, mas, na
realidade, Porto Alegre está contribuindo com muita da poluição do Gravataí.
Estamos à disposição para qualquer esclarecimento adicional. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado. Convido o Sr. Lotar a fazer parte da
Mesa.
O Ver. Pedro Ruas está com a palavra, nos termos do
art. 206 do Regimento.
O SR. PEDRO
RUAS: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; Sr. Lotar Markus, que representa a
Associação dos Moradores do Bairro Anchieta, eu quero agradecer a gentileza do
Ver. Marcelo Sgarbossa – obrigado pela preferência aqui no microfone de
apartes. Eu falo em meu nome, Sr. Lotar, e em nome da Ver.ª Fernanda
Melchionna, porque nós compomos aqui nesta Casa a Bancada do PSOL.
Quero lhe dizer que as preocupações e
reivindicações que o senhor traz à tribuna para nós são elucidativas e importantes.
Algumas delas nós já acompanhamos há mais tempo, outras a partir deste momento.
Mas em qualquer dos tipos, as que já conhecíamos e as que o senhor nos trouxe,
queremos dar toda a atenção, e, no que estiver ao alcance da Bancada do PSOL,
lutarmos muito para reverter essa situação.
Já há um bom tempo nós questionamos tanto o Governo
Municipal quanto o Governo Estadual, porque não sabemos ao certo os danos que
foram causados ao meio ambiente, particularmente nos nossos rios e lagos, no
que tange às operações irregulares que levaram à prisão do Secretário de Estado
do Meio Ambiente e do Secretário do Município do Meio Ambiente. O senhor nos
traz questões assemelhadas e, portanto, merece de nós toda a atenção e todo o
empenho para reversão do quadro. Então, conte conosco, fica aqui o nosso
abraço, o nosso incentivo e a nossa disposição de luta. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Boa-tarde, Sr. Lotar, Presidente da Associação, que também se faz
presente. Primeiro, quero parabenizá-los pela iniciativa de vir aqui expor,
ainda mais pelo método, porque foram bem selecionadas as fotos, e, como se diz:
uma imagem vale por mil palavras. Então, não precisa de muito argumento
retórico de convencimento em função das fotos que o senhor nos trouxe. Que bom
que coincidiu com uma Sessão com tantas pessoas na plateia, principalmente
mulheres, que conseguiram olhar as fotos, Sr. Presidente. Parece que nós não
estamos em Porto Alegre, e isso é logo aqui, perto da freeway. Percebe-se muito resíduo industrial, não é só o
domiciliar; o resíduo industrial é facilmente identificável, consegue-se ver
qual o tipo de resíduo; portanto, um trabalho de fiscalização mais intenso
poderia colaborar. As fotos mostram aqui o quanto a Casa precisa se debruçar
sobre este assunto. O nosso mandato tem a honra de representar a Câmara tanto
no Comitê do Gravataí quanto do Guaíba. Então, estamos à disposição dos colegas
para colaborar e fazer a interlocução da Câmara com os comitês e com toda essa
política, tão necessária para a nossa Cidade. E, em última análise, esse lixo
vai parar nas nossas torneiras, na água que tomamos, na água do nosso banho, e
na que damos para os nossos filhos. Então, não é simplesmente uma questão
local, uma reclamação do bairro, da associação, é uma questão de toda a Cidade.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente, falamos aqui em nome da Bancada do PSD.
Eu também falo, como disse, em nome do Ver. Tarciso Flecha Negra. Cumprimento
aqui o Sr. Lotar e a Dona Edna Martins Salgado, com quem já estivemos no
Ministério Público, tratando de assunto da região. Acabei de conversar com o
Ver. Sgarbossa para fazermos aquela proposição em conjunto, de tentarmos dar
uma garantia maior à região. Agora, vejam os senhores e as senhoras o seguinte:
é um problema de cidadania, não envolve só Porto Alegre; envolve também as
cidades da Grande Porto Alegre. Nós precisamos fazer um trabalho em conjunto
com as demais cidades da Grande Porto Alegre. Realmente é um problema cultual,
há omissão do Poder Público, mas isso não é de hoje. Isso é de há muito, muito
tempo. Enfim, esta Casa precisa, sim, se somar para que possamos fazer alguma
coisa para amenizar essas questões do meio ambiente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Elizandro Sabino está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR.
ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, também queremos nos associar
trazendo a nossa palavra aqui ao Sr. Lotar, Vice-Presidente da Associação
Comunitária do Bairro Anchieta, e dizer que sou do Partido Trabalhista
Brasileiro, o PTB, composto pelos Vereadores Cassio Trogildo, Alceu Brasinha,
Paulo Brum e este Vereador que lhes fala. Senhor Lotar, nós queremos, em nome
do PTB, nos manifestar no sentido de apoio, de solidariedade a toda esta luta
que a Associação tem realizado. Aliás, esse é verdadeiramente o papel de uma
associação: ela traz as reivindicações aos órgãos competentes e principalmente
a uma Casa legislativa como esta, que é a Câmara Municipal de Porto Alegre. Nós
estávamos percebendo as imagens, e eu falava há pouco com o colega Marcelo e,
realmente, além do que disse o Ver. Bernardino, de ser uma questão cultural, é
uma questão de saúde, porque são lixos expostos e colocados em lugares
indevidos. Isso, naturalmente, é o revés que a sociedade e a comunidade local
enfrenta e, com certeza, terá, em uma situação de vulnerabilidade, muitas ações
decorrentes dessa ação cultural. Portanto, em nome do PTB, receba a nossa
palavra de solidariedade, apoio, e aquilo que for necessário, estamos também à
disposição de Vossa Senhoria. Obrigado, Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Obrigado, Presidente. Em nome da Bancada do PMDB, dos Vereadores
Professor Garcia, Lourdes Sprenger, Valter e este Vereador, quero cumprimentar
o Lotar. Eu o conheço há bastante tempo. Vejo aí que temos uma mistura, desde a
Dique até empresas grandes do bairro, e eu não sei se o senhor já apresentou
isso em uma reunião da Adaba. Mas acho que podemos apresentar isso lá, porque
reúne todos os empresários do bairro – os grandes, os médios e os pequenos. Eu
vi algumas sobras aí que são de empresas e acho que já dá para começar a
diminuir esses depósitos chamando à conscientização dos empresários. E eu vi
que há coisas da Vila Dique, como o arroio ali, que é uma coisa impressionante,
mas acho que tem que fazer isso denunciando e pedindo para colaborarem. Eu acho
que vamos começar em casa, e podem contar comigo e com todos nós para
começarmos a dar uma limpada, porque isso é lixo, e o lixo faz mal para todos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Jussara Cony está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr. Lotar – lhe chamo assim porque estávamos conversando agora –, quero
cumprimentar o senhor e a Edna Yara Martins Salgado, que, há 30 anos – me
lembro, Valneri Antunes e eu, Vereadores desta Casa – era na sua casa que a
gente se reunia para evitar o que acabou acontecendo por falta de uma política
que olhe a Cidade como um todo. E, agora, o resultado é este: a destruição do
arroio Areia. Isso é consequência de anos de uma Cidade que poderia e deveria
ser planejada, e planejada sob o olhar das entidades comunitárias que estão lá
e que atuam. Eu estou fazendo esse retrospecto para cumprimentá-lo e dizer que
o senhor continua firme nessa luta.
Eu acho que nós temos aqui, em nome do Ver. João
Derly e em meu nome, da Bancada do PCdoB, três coisas que nós temos que pensar
junto com vocês e junto com a gestão desta Cidade. Em primeiro lugar, nós
estamos saindo da Conferência das Cidades – já saímos da etapa municipal, fomos
para a estadual e vamos para a nacional – e temos que fazer reforma urbana em
todo o nosso País, uma reforma urbana que trabalhe as transversalidades. Tem
duas questões aqui: o meio ambiente e a saúde. Em relação à saúde, não
precisamos nem aprofundar. A segunda questão que eu quero deixar aqui é em relação
ao meio ambiente. Nós estamos em pleno ano da Conferência do Meio Ambiente, que é a política de resíduos sólidos,
e é inadmissível que nós não tenhamos a política reversa. Vamos ter que
implantar com essa política, porque quem vende os pneus tem que receber de
volta para dar o destino devido para que não acabe ocorrendo... E não é só
aqui, mas em todas as cidades, em todo o País. Então acho que nós estamos com a
política de reforma urbana e com a política de resíduos sólidos, com a
participação da comunidade.
Por fim, eu acho que nós temos que pensar, dentro
dessas políticas de meio ambiente, de saúde e de reforma urbana, que aqui nós
temos que olhar sob a ótica de uma APP. E há como
conviver. Fazer preservação ambiental não significa tirar o homem da natureza;
pelo contrário, é junto, porque, se ele tiver a possibilidade, é ele quem
cuida, é ele quem vive, ele ama e ele cuida. Então, acho que o senhor traz para
nós a necessidade do compromisso de toda esta Câmara, liderada pelo nosso
Presidente, o que, sem dúvida nenhuma, o senhor terá.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. AIRTO FERRONATO: Meu caro amigo,
colega Lotar, nosso presidente da Acomba, quero falar em meu nome e do Ver.
Paulinho Motorista, do nosso Partido, o PSB; quero saudar a direção e a
presidência da Associação, que estão conosco e, em primeiro lugar, dar os
parabéns à Associação, que recentemente fez aniversário. Quero dizer que a
Câmara, neste momento, serve para mostrar o que está acontecendo ali. Isso
evidencia uma reflexão que nós, como Vereadores, precisamos fazer, inclusive o
Executivo deve propor ações para solucionar aquela situação, até porque aquilo
expressa a Cidade. Antes de ser um aspecto da entrada da Cidade, o que por si
só já é importante, é também um manancial de preservação ambiental bastante
interessante da cidade de Porto Alegre. Portanto, nós estamos juntos e sei que
a Câmara, capitaneada pelo nosso Presidente, também está perto nesse processo.
Um abraço.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. João
Carlos Nedel está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre Lotar
Markus, seja bem-vindo a esta Casa – dou as boas-vindas em nome da Bancada do
Partido Progressista, do Ver. Guilherme Socias Villela, da Mônica Leal e do
meu. Queremos agradecer à V. Sa. por ter vindo aqui nos reavivar esse grande
passivo que temos na nossa Cidade. Só para lembrar: com a extinção do DNOS, o
Governo Federal não colocou outra estrutura; o DEP, que é o responsável pelos
arroios, não tem essa estrutura toda para cuidar disso tudo, por isso é que
está assim. Isso não é uma desculpa, nós temos que resolver o assunto.
Sobre o lixo,
realmente é uma vergonha! Aí tem duas questões: a população nem sempre ajuda,
os carroceiros também depositam lá, mas também há um atraso do próprio
Município em administrar esse assunto junto ao Ministério Público. E aí o
Ministério Público não libera locais para depósito de resíduos sólidos, mas o
senhor veio nos mostrar isso. Isso é extremamente importante.
E o terceiro assunto:
ao menos o DMLU está colocando o novo Código Municipal de Limpeza Urbana que
talvez diminuam esses problemas sérios. Nós lhe somos gratos, se for possível,
por nos deixar cópia do pen drive da
sua apresentação, porque vai servir para todos os Vereadores tomarem as devidas
providências.
Eu agradeço, em nome
da população de Porto Alegre, a sua informação detalhada, demonstrativa desses
grandes problemas da nossa Cidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Waldir
Canal está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. WALDIR CANAL: Ilustre Sr. Lotar,
Vice-Presidente da Acomba, quero parabenizá-lo pela iniciativa de expor esse
problema, porque, pelas fotos que nós vemos, não é um lugar assim tão oculto. A
Av. Dique e o bairro Anchieta têm sido lugares em que as pessoas têm usado para
colocação de depósito de lixo familiar, lixo de casa. A Prefeitura tem que
fazer a sua parte, porque pontos como esse existem em outros lugares da Cidade.
Eu posso citar lá na Vila Bom Jesus, nos arroios, onde nós temos visto
situações semelhantes a essa.
Nós estamos debatendo
aqui – entrou na Casa – o Código de Limpeza Urbana, que poderá regrar e tentar
melhorar essa situação, mas isso também parte de uma ação mais enérgica do
Governo. É inadmissível. O DMLU e a SMAM têm que ficar atentos, porque esse não
é um lugar oculto, é um lugar aberto, todos nós passamos ali várias vezes e tem
que haver uma ação efetiva da Prefeitura.
Então quero
parabenizá-lo pela iniciativa e dizer que esse material tem que ser levado
diretamente para o DMLU para que tome providências. Não só providências de
limpar, porque limpa hoje, amanhã está sujo de novo; tem que haver uma
fiscalização permanente. Quero parabenizá-lo e deixar aqui, em nome do meu
Partido, o PRB, as nossas considerações. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. LOTAR ADALBERTO MARKUS: Gostaria de
agradecer as intervenções, as falas de todos os representantes, os líderes dos
partidos, realmente, por essa solidariedade. Esperamos que sejam tomadas
providências. Também quero aproveitar para agradecer ao Eduino de Mattos, que é
autor das fotos; ele fez um esforço muito grande, é homem que trabalha e faz um
trabalho voluntário, é um grande lutador de Porto Alegre, já está há muitos
anos no movimento comunitário. Então, ele se doou, nós fomos lá caminhar – não
é tão fácil – no meio do lixo para tirar as fotos, tudo está na margem. Então
foi esse serviço que ele fez na realidade. Nós, da Associação, não temos
recurso para fazer um trabalho de maior profundidade. Então, o Eduino se
prestou para isso, fez um trabalho muito bem feito. Então, agradecimentos
especiais para ele. Hoje ele estaria aqui, mas teve outro compromisso, não pode
estar.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado,
Vice-Presidente Lotar, da Associação Comunitária dos Moradores do Bairro
Anchieta.
Eu queria encaminhar
só duas questões então, por tudo o que foi dito. Eu acho que o senhor podia nos
passar esse vasto material, poderia vir todo esse material para a presidência,
para a gente poder disponibilizar para o conjunto dos Vereadores, inclusive
pedir ações municipais lá nessa área. Sem dúvida nenhuma, o senhor poderia
encaminhar uma pauta junto à Comissão de Saúde e Meio Ambiente, para poder
acompanhar a realização dessas benfeitorias. Muito obrigado pela sua presença
aqui.
Estão suspensos os
trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h49min.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 14h50min): Estão
reabertos os trabalhos.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL (Requerimento): Sr. Presidente, em conformidade com o Ver. João Derly, requeiro a
transferência do período Grande Expediente de hoje para a próxima Sessão.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado,
Vereador.
Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. João Carlos Nedel. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Passamos ao período
temático de
Hoje, este período é
destinado a tratar o assunto restabelecimento dos laços afetivos e o fortalecimento da autoestima,
trazido pelo Sra. Waleska Vasconcellos, que
representa projetos Mães em Oração e Godllywood.
Convidamos para compor a Mesa: Waleska Vasconcellos, Secretária Adjunta Municipal dos
Direitos Humanos da Mulher, representante do Prefeito Municipal; a Sra. Cíntia
Cucato, responsável pelo projeto Godllywood; a Sra. Carmem Pereira, responsável
pelo projeto Raabe/RS; a Sra. Tatiane Silva, responsável pelo projeto T-Amar/RS; e a Sra. Isis Albuquerque, responsável pelo projeto Mães
em Oração. (Palmas.)
A Sra. Cíntia Cucato, do Grupo Godllywood, está com
a palavra no período temático de Comunicações.
A SRA. CÍNTIA
CUCATO: Boa-tarde a todos. Primeiramente, queria agradecer ao Exmo. Sr.
Presidente Dr. Thiago pela oportunidade de estar aqui e falar um pouco sobre
este projeto, o Grupo Godllywood, que tem alcançado tantas mulheres não só aqui
no Rio Grande do Sul, como no Brasil e no mundo. Eu, junto com minhas amigas,
aqui represento o Godllywood no Rio Grande do Sul. Queria que fosse colocado o
vídeo para mostrar, para falar um pouco sobre o que é o Godllywood.
(Procede-se à apresentação de vídeo.) (Palmas.)
A SRA. CÍNTIA
CUCATO: Como vimos no vídeo, nós, do Godllywood, visamos a restabelecer os laços afetivos através da
autoestima pela valorização da mulher. Como mulheres modernas à moda antiga, o
grupo Godllywood tem como meta manter os verdadeiros e nobres valores que estão
sendo esquecidos no mundo atual em que vivemos. Hoje, constantemente,
assistimos às trágicas notícias que envolvem mulheres em cenários de horror, de
violência e de medo. Todas as mulheres que fazem parte do nosso grupo têm uma
história de superação, de transformação e de aprendizado. Diante de tantos
resultados positivos, não podemos ficar passivas diante de uma realidade tão
caótica, quando temos as ferramentas para mudar a situação. Quando conseguimos
mudar, quando conseguir alcançar cada uma dessas mulheres, tudo muda ao redor,
tudo ao redor dessa mulher muda. A beleza que o tempo jamais poderá tirar é a
beleza que vem de dentro, e essa beleza não tem prazo de validade, não é frágil
como um cristal, é algo forte, eterno, que nós faz ser administradoras de nosso
tempo, de maneira que possamos cumprir nossas tarefas e fazer a diferença
dentro deste mundo. Dessa forma, o Godllywood realiza, no Brasil, no Rio Grande
do Sul e no mundo, trabalhos sociais através de projetos, levando apoio a
asilos, orfanatos, hospitais e até mesmo a presídios. Aqui no Sul, o
grupo cresce cada vez mais, através de um trabalho de voluntariado, e tem se
destacado.
Gostaria de falar um pouco sobre os projetos, que são:
o Projeto Raabe, o Projeto T-Amar e Mães em Oração.
Gostaria de chamar a Carmem, que representa o Grupo
Raabe aqui no Rio Grande do Sul. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. CARMEM
PEREIRA: Boa-tarde a todos. Gostaria de agradecer ao Presidente, Dr. Thiago, e a
todos os Vereadores presentes, a toda a plateia, bonita. Sinto-me honrada em
representar o Projeto Raabe aqui no Rio Grande do Sul, um projeto que abraçou
uma causa muito polêmica, que é a violência doméstica, a violência contra a
mulher.
A gente tem visto, no dia a dia, na mídia, na sociedade,
o retrato de mulheres que sofrem a agressão dos seus companheiros, dos seus
filhos; muitas sofrem agressão psicológica e física. O Projeto Raabe abraça
esta causa, levando essas mulheres a romper o silêncio que muitas trazem dentro
de si, por vergonha, por medo de se expor. Muitas se ocultam; são mulheres da
alta sociedade, mulheres de vários níveis, e elas se ocultam com medo de falar
o que têm vivido dentro dos seus lares.
O Projeto Raabe traz essa palavra amiga para todas
as mulheres. Todos os meses, toda última quinta-feira do mês, temos uma
reunião, quando acolhemos essas mulheres. O objetivo desse projeto é levar
essas mulheres a romper esse silêncio e dar a elas um apoio psicológico. Temos
um quadro de profissionais que nos apoiam, os voluntários; são assistentes
sociais, advogadas, que procuram amparar essas mulheres. E nós damos um
atendimento para que elas se sintam valorizadas. Por que fazemos isso? Por que
abraçamos essa causa? Eu posso falar, convicta, porque eu sou uma mulher feliz,
e, quando se é feliz, é fácil entender, colocar-se no lugar de uma mulher que
sofre agressões. Então, por eu ser feliz, eu luto para que essas mulheres
também venham a desfrutar da felicidade, e o objetivo do projeto Raabe é
mostrar que, além do preço que é a agressão, muito maior é o valor de cada
mulher. Por isso nós lutamos por cada uma delas. Muito obrigada a todos.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. TATIANE
SILVA: Boa-tarde a todos, quero também agradecer pela oportunidade de estar
aqui e falar um pouco desse projeto tão maravilhoso que é o projeto T-Amar.
Este projeto, que não tem fim lucrativo nenhum, tem o apoio do Godllywood e tem
como objetivo amparar mães solteiras, essas mães que, muitas vezes, sofrem
preconceito da sociedade e até mesmo dos seus familiares. É um projeto que tem
se desenvolvido ao longo desse tempo, e eu me sinto também muito honrada em
fazer parte do projeto T-Amar. Reunimos essas mães uma vez por mês, damos apoio
emocional e apoio espiritual e contamos também com voluntários que se propõem a
ensinar, a levar cursos profissionalizantes para que elas se valorizem, para
que elas vão à luta, para que elas se desenvolvam como pessoa, como mulher, porque
o maior objetivo tanto do T-Amar, como do Raabe e de todo o Godllywood é a
valorização da mulher. Este é o nosso maior objetivo: levar essas mães
solteiras a se autovalorizar, a perceberem que elas são capazes, capazes de dar
a volta por cima, capazes de vencer todo e qualquer preconceito. Eu agradeço
também a oportunidade de agradecer a todas as voluntárias que aqui estão, que
ajudam, que se dispõem a abraçar essa causa. Muito obrigada a todas vocês que
estão aqui também. Obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. ISIS
ALBUQUERQUE: Boa-tarde ao Presidente, Ver. Dr. Thiago, eu gostaria de agradecer por
esta oportunidade. Chamo aqui a minha amiga Cíntia. Sabem como é, juntas somos
muito mais; trememos menos!
Gostaria de agradecer também a todos que estão
presentes também compondo esta plenária de hoje, que é muito importante para o
nosso grupo, como mulheres que visam a fazer a diferença. Solidariedade é o
resultado da união de pessoas que creem no poder que possuem de fazer o mundo
melhor. Eu me sinto muito honrada em fazer parte do Godllywood e representar
aqui o Projeto Mães em Oração. Como mãe, eu entendo a responsabilidade que nós
temos de formar um ser humano melhor. A nossa responsabilidade vai além de
educar, proteger, cuidar. Mas no mundo em que vivemos atualmente, como fazer
isso? Como alcançar o seu filho, a sua filha? Como proteger o seu filho e a sua
filha, livrando-os do mal? E nós temos a certeza de que quando colocamos um
filho ou uma filha sob os cuidados de Deus nós conseguimos alcançar esse filho
através das nossas orações, onde quer que ele esteja e livrá-lo de todo mal. E
nós nos unimos com mães no mundo inteiro, para orarmos pelos nossos filhos,
independente da formação religiosa, do credo. Nós oramos todos os dias por
todos os nomes que são incluídos em nosso livro de oração. Todos os dias nós
apresentamos filhos que nós geramos. Eu sou mãe da Isabela, que também está
aqui presente; minhas amigas e companheiras são mães, e todas nós falamos com
Deus por todos os filhos. E nós temos a certeza de que com nossa sabedoria e
com o uso da fé com inteligência – porque fé sem o uso da inteligência é
fanatismo – nós podemos alcançar, nos nossos filhos, os melhores resultados,
porque para Deus não existe o impossível. Aquilo que pode parecer impossível,
através do exercício da fé, nós temos a certeza de que pode mudar. Você, mãe,
pode sorrir. Tenho a certeza de que colocar um filho no mundo, gerar
biologicamente um filho não é nada fácil – doutor, o senhor sabe disso, pois
constantemente o senhor está lá no hospital ajudando as mães a colocarem
meninos e meninas no mundo –, mas o mais difícil é a gestação da formação do
caráter de um ser humano. Colocar um homem, uma mulher que tem o poder de fazer
a diferença. Nós estamos aqui porque a minha mãe fez isso por mim; a mamãe da
Cíntia fez isso por mim. Eu conheço a Cíntia desde a barriguinha da mãe dela, e
essa menina que está aqui, que a gente fala carinhosamente, é uma mulher, uma
menina, uma jovem, que com todas essas moças lindas espalhadas pelo mundo,
fazem a diferença. É mais do que uma camiseta escrita em rosa, Godllywood, nós
estamos unidas porque nós acreditamos que o mundo melhor que a gente quer ver
começa dentro da gente, e a fé é a ferramenta principal para isso. Você tem que
crer; se você crê, você pode mudar o amanhã. Obrigada a todos pela
oportunidade. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. CÍNTIA
CUCATO: Essa é a força do Godllywood, através de cada um desses projetos, e a
base, o segredo do Godllywood, que há mais de três anos está dando certo, vem
do próprio Deus, dessa fé que temos, a fé sobrenatural, a fé inteligente. É
através de Deus, dessas inspirações, dessa forma de ajudar cada uma dessas
mulheres é que a gente tem feito a diferença. Não é só aqui no Rio Grande do
Sul nem no Brasil, mas sim no mundo inteiro, a gente tem alcançado mulheres que
nunca imaginaríamos que poderíamos alcançar: mães, esposas, filhas, então todas
as mulheres a gente alcança, levando para elas essa valorização, porque diante
de Deus, cada uma dessas mulheres é vista como muito mais que uma joia
preciosa. Esse é o nosso trabalho, levar essa fé para elas, mostrar a elas que
sim, elas podem, elas têm um poder muito grande como mãe, um poder muito grande
como esposa, um poder muito grande como empresária no mundo de hoje; então ela
tem este valor. Nós do projeto Godllywood, junto com os outros projetos que
apresentamos aqui, mais para frente, com certeza, iremos fazer muito mais,
porque não vamos parar, não estamos satisfeitas, porque temos sede de justiça,
temos sede de alcançar a cada uma dessas mulheres que são tão desvalorizadas.
Então gostaria de encerrar agradecendo a atenção de todos. Nós hoje trouxemos
uma música que fala um pouco sobre a trajetória deste projeto através do
Godllywood. Convido as minhas amigas aqui presentes, que são todas voluntárias,
todas são esposas, donas de casa, são todas voluntárias. Agora a gente vai dar
início a esta canção.
A SRA. ÍSIS
ALBUQUERQUE: A Gente gosta de cantar. Quem canta seus males espanta, não é, Ver.
Waldir Canal? A gente sabe muito bem que a canção é o retrato da alma. E como
nós somos felizes, como nós alcançamos a felicidade plena, queremos cantar e
deixar esta mensagem para vocês, dedicada a todos vocês que representam aqui o
poder de fazer a diferença. Que essa diferença esteja dentro de vocês!
(Procede-se à apresentação musical.)
A SRA. CÍNTIA
CUCATO: Muito obrigada, meninas. Vocês arrebentaram! Muito obrigada, Doutor,
mais uma vez, por esta oportunidade. Para nós, é uma honra muito grande poder
falar um pouco sobre o que é o Godllywood. Podem ter certeza de que ainda vão ouvir muito falar
da gente, porque vamos revolucionar este mundo através da fé e da certeza que o
Senhor Jesus nos dá, todos os dias, de nos tornarmos mulheres melhores. Muito
obrigada.
A SRA. ISIS
ALBUQUERQUE: Pediram para avisar que, neste momento, estamos conectadas,
transmitindo para os Estados Unidos, e, com muito honra, fazendo a diferença
aqui do Rio Grande do Sul. Bah!
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Diversos Vereadores querem se pronunciar sobre o
tema. O que acabam de me dizer, ratificando o que a Isis comentou, é que a
nossa humilde TVCâmara, agora, não transmite só para 60 municípios da Região
Metropolitana do Estado do Rio Grande do Sul, mas para todo o mundo, via TV
Web, principalmente, como foi dito aqui, para a América Central e para a América
do Norte. Vocês, que nos ouvem aí na América do Norte, é um prazer estar
conversando com vocês!
O Ver. Clàudio Janta está com a palavra no período
temático de Comunicações.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.)
Em todos os pronunciamentos que faço nesta Casa, encerro dizendo que vamos
seguir lutando com força e fé. Acredito que precisamos ter muita força quando
saímos de casa de manhã para vir trabalhar; muita força para pegar um ônibus
lotado; muita força para chegar ao local de trabalho e enfrentar o dia a dia,
bater o cartão ponto, produzir, levar o sustento para nossa família; muita
força para enfrentar o final do mês, as mazelas da vida. Muita força para
vermos o que vimos ontem, pessoas que roubam, que destroem o nosso País e têm
mais uma chance de serem julgadas novamente, enquanto um trabalhador que, por
um descuido, muitas vezes por falta de oportunidade, comete um delito muito
simples e é condenado, penalizado e não tem uma segunda chance. Muita força
para ver os roubos e as coisas erradas que acontecem neste País, com os
desleixos, com os descasos, com a corrupção, com tudo de ruim que acontece
neste País. E muita fé de que virão pessoas de bem; muita fé de que a família
ainda vai se estruturar; muita fé de que pessoas como vocês levarão esperança
aos hospitais, aos presídios, às famílias e que na política virão pessoas de
bem, que irão trazer esperança, que irão mudar as coisas neste País.
Na canção que vocês trouxeram aqui em alguns
trechos dizia: “tudo de bem que aqui se faz”. E tudo de bem que aqui se faz,
aqui retorna. Eu acredito que vocês estão fazendo um bem às pessoas quando
visitam o sistema prisional, quando vocês visitam hospitais, quando vocês
visitam os asilos, levando conforto, esperança, indo aonde muitas pessoas não
vão. Não é no presídio, mas no hospital, quantas vezes as pessoas são jogadas
num hospital e as pessoas, muitas vezes, não vão lá, não porque não querem, mas
porque não têm condições, porque moram no Interior, porque moram no extremo da
Cidade e não tem, sequer, uma passagem para ir, mas vocês estão lá levando a
solidariedade, principalmente no asilo. O asilo eu acredito que seja um dos
lugares mais tristes do mundo, porque as pessoas que estão lá são como as
tartarugas e os elefantes que procuram um local para morrer. E as senhoras
dedicam um espaço das suas vidas para irem lá e consolar essas pessoas que,
como as tartarugas e os elefantes, não vão lá procurar um lugar para morrer,
mas as suas famílias, não tendo a sensibilidade da idade dessas pessoas, as
depositam lá. E vocês abrem mão, muitas vezes, de estar com seus filhos, de
estar com seus esposos, de estar com suas famílias e vão lá levar um pouco de
solidariedade, levar um pouco de amor, de carinho, de afeto e de esperança de
que o mundo, amanhã, será melhor para elas.
Então, eu queria, em nome do todos os trabalhadores
de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul, do Brasil, em nome desta Casa, em nome
do meu Partido, o PDT, em nome da população de Porto Alegre, agradecer esse
trabalho que vocês fazem. Eu não tenho palavras para agradecer tudo que vocês
fazem nesse trabalho social de esperança, de solidariedade, de força e de fé
para as populações que vocês ajudam. Muito obrigado a todas vocês. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Quero convidar o Deputado Carlos Gomes a fazer
parte da Mesa. É uma satisfação tê-lo conosco. (Palmas.)
Solicito ao Ver. Bernardino Vendruscolo que me
substitua para que eu possa fazer uso da tribuna.
(O Ver. Bernardino Vendruscolo assume a presidência
dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra no período
temático de Comunicações.
O SR. DR.
THIAGO: Caros Vereadores, caras mulheres que nos acompanham aqui hoje, caras
Waleska, Cíntia, Carmem, Tatiane e Isis, é uma grande satisfação poder abordar
temas tão importantes vinculados às mulheres, que vão desde a concepção de uma
humanidade, a partir da nossa família, que se forma na união de um casal e que
acaba concebendo uma prole, e, daí, gera humanidade, até questões tão delicadas
quanto a questão da violência.
Eu trabalho como médico legista há 13 anos, e a
minha especialidade, dentro da medicina, é ginecologia e obstetrícia. Então, a
gente trabalha cotidianamente com os momentos mais felizes e também com os
momentos mais delicados da vida das mulheres. Com relação a isso, eu gostaria
primeiro de falar de um direito fundamental, que, para mim, é a grande base do
meu mandato. Eu vim para cá para fazer isso – e tenho dito reiteradas vezes que
vim para cá para fazer isso e vou continuar aqui fazendo isso –, que é a
dedicação incondicional ao planejamento familiar, que é nada mais, nada menos, que dar a possibilidade de as mulheres e os casais poderem, de forma
livre e consciente, escolher quantos filhos terão. E não serem obrigadas,
principalmente na periferia das grandes cidades, pelas contingências da vida, a
terem os filhos que não querem ter, as gestações indesejadas que acabam
engordando os nossos bolsões de miséria e fazendo com que a mulher não consiga
trabalhar, estudar e dar um destino melhor ao seu filho. Então, a defesa
incondicional do planejamento familiar e a possibilidade de se ter, na rede
pública de Saúde, métodos contraceptivos que para que a mulher possa fazer isso
de forma livre e consciente; esse é o grande objetivo do meu mandato.
A segunda questão se
refere à violência sexual. Eu trabalho na Restinga, Belém Novo, Ponta Grossa e
Lami, e trabalho no Hospital Presidente Vargas, que também é referência não só
para gravidez de alto risco, mas também para casos de violência sexual. E o
Projeto Raabe me chamou muito a atenção, Ver. Valter, porque V. Exa., que é um expert, já deve ter observado e já deve
ter procurado, aí nos seus alfarrábios, a etimologia da palavra. Esta era, sim,
uma mulher bíblica que foi meretriz, mas que, sem dúvida nenhuma, ao longo de
toda sua existência e no contato que teve – acreditando ou não; no meu caso,
acreditando – com a figura de Jesus Cristo, ela pôde, naquele momento, defender
toda a questão vinculada à violência da mulher. Essa é uma situação que,
infelizmente, nos nossos dias, tem-se avolumado; a violência contra a mulher,
apesar de todas as campanhas, de todos os esclarecimentos que se podem ter neste
setor, ela tem-se avolumado. E somente grupos, como o que vocês têm aqui, como
o que vocês têm patrocinado, podem ser capazes de frear esse processo, a partir
do esclarecimento e do fato de que a mulher não se sinta tão constrangida para
fazer uma denúncia, a partir do momento em que ela tenha tranquilidade e
segurança para efetivamente denunciar o seu violador.
Quero dizer que nós
estamos à disposição, Isis e demais mulheres, todos os esforços de que nós
pudermos lançar mão no nosso mandato para discutir profundamente esses temas e
para alterar essa realidade cruel, nós estamos à disposição. Parabéns pelo
trabalho de vocês, parabéns pela empolgação de vocês, parabéns pela ação
emocionante que vocês promoveram aqui hoje! Certamente, vocês contagiaram não
só a mim, mas a muitos Vereadores, contagiaram de forma positiva, de forma
agregadora, de forma a dar a esta Câmara uma grande vida que, já há algumas
semanas, ela não vinha tendo. Muito obrigado, parabéns e sigam na luta!
(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Dr. Thiago
reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Mônica
Leal está com a palavra no período temático de Comunicações.
A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Os Vereadores que integram a bancada Progressista – Villela e Nedel
– apoiam esta mulher que vos fala.
São dois políticos que incentivam a minha caminhada, que, por vezes, não é nada
fácil, quem é mulher sabe do que eu falo, tudo é muito complicado para nós
administrarmos: mulher é que nem Bom-Bril, tem que fazer 1.001 coisas para dar
certo. Então, nós precisamos contar com o apoio dos homens, e eu tenho a honra
de dizer que, no meu partido, o partido Progressista, eu conto com o apoio de
dois grandes Vereadores. Eu, antes de começar a falar no projeto de vocês,
preciso fazer um registro muito especial. Eu confesso que, por mais que
tentasse, em palavras, exteriorizar o que senti quando olhei para as cadeiras
deste Plenário, quando fiz uma panorâmica, como boa jornalista que sou, e
constatei a espiritualidade que senti nesse momento no Plenário, eu quero dizer
que vocês resgataram de volta algo que, para mim, foi perdido no dia da invasão
deste Plenário: vocês trouxeram amor, trouxeram fé, e isso foi extremamente
importante. Quando ocorreu a invasão desta Casa por delinquentes, eu escrevi um
artigo dizendo que temia que nunca mais este Plenário voltasse a ser o mesmo. E
eu digo isso com conhecimento de causa, porque tenho 15 anos de Câmara
Municipal: fui Secretária do Pedro Américo Leal durante 12 anos, depois, por
dois anos fui Vereadora e, agora, novamente Vereadora. Então eu conheço esta
Casa como a palma da minha mão. E sentia muito medo de que este Plenário nunca
mais voltasse a ser como antes. E acho que as minhas preces foram tantas, que
vocês vieram no Plenário e trouxeram para mim, para todos nós, como o Ver.
Thiago disse aqui: “nos contaminaram com esse amor”, com esse “compartilhar”. E
o Plenário voltará, sim, a partir de hoje, a ser aquele Plenário querido e
respeitado pela cidade de Porto Alegre. Eu li atentamente os projetos de vocês
e fiquei encantada porque se tem uma coisa na minha vida que me faz feliz é ser
mulher. Eu sou Vereadora, eu sou jornalista, eu sou cidadã, mas antes de tudo
isso eu sou mulher. Mulher que é mãe, mulher que é filha, mulher que é irmã,
mulher que é amiga, com um orgulho imenso de poder cuidar da minha família, de
atender meus pais, que hoje estão mais velhos, que precisam mais de mim do que
eu deles – na verdade, eu tenho que cuidá-los – e tenho um imenso orgulho dos
filhos que criei. Criei com verdade, com cuidado, com responsabilidade, com
sentimento de amor ao próximo, de solidariedade. E é isso que vocês estão
fazendo numa sociedade tão violenta, onde nós sabemos que só tem uma solução,
um remédio: o amor de uma mulher, o compartilhar. Ora, quem é mulher sabe do
que eu estou falando.
Eu queria ler para
vocês um trechinho de um texto que, certa vez, eu escrevi e que foi parar no
jornal (Lê.): “A mulher possui um talento para a doação, e isso ocorre em
qualquer tipo de trabalho, inclusive o remunerado. A mulher tem, na verdade,
uma sensibilidade característica da feminilidade e da maternidade, que faz com
que ela sinta-se mais atingida pelo sofrimento humano e tenha um desejo maior
de ajudar, de se engajar por causas injustas e lutar pela melhoria do bem-estar
social do meio que a rodeia. Nós precisamos ter consciência da importância das
mulheres na política, na vida, no dia a dia do mundo.”
Eu tenho plena
certeza de que a solução está nas nossas mãos. Por isso, eu vim a esta tribuna
para dizer que o Partido Progressista da cidade de Porto Alegre apoia todos os
projetos de vocês. E quero me engajar sempre que vocês precisarem. Obrigada
pela honra de ocupar esta tribuna. (Palmas.)
(Revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Any
Ortiz está com a palavra no período temático de Comunicações.
A SRA. ANY ORTIZ: Sr. Presidente,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) É um prazer enorme ter vocês aqui. Muito obrigada. Venho, hoje, a
esta tribuna, muito feliz por poder estar conversando com tantas mulheres. Em
primeiro lugar, quero parabenizá-las pelo lindo trabalho que fazem em se
dividir entre as inúmeras tarefas que a mulher tem no dia a dia. Pelo o que eu
ouvi aqui, muitas já são mães e se dividem entre a maternidade, a casa, o
trabalho e também a essa doação que vocês fazem, dedicando uma parte da vida de
vocês para cuidar de uma outra vida.
Eu ouvi com muita atenção sobre o Projeto Raabe/RS,
e eu acho que é muito importante lutarmos contra a violência contra a mulher.
Gostaria de dizer que a violência contra a mulher está em todas as classes, e,
infelizmente, também em todos os lugares, está também dentro de casa, está
também nos locais de trabalho, nas escolas, na rua. E nem sempre essa violência
contra a mulher parte de um homem; muitas vezes, a violência vem das próprias
mulheres. E muitas não têm coragem e nem condições de denunciar, porque, muitas
vezes, há uma dependência psicológica e financeira em relação ao agressor.
É por isso que eu digo que é muito importante a
colocação da mulher no mercado de trabalho, a valorização da mulher. E as
mulheres já estão ocupando esses espaços e mostrando as suas capacidade e
competência. Parabéns, mulheres! Parabéns a todas vocês! Seguimos na luta,
sempre, contra todo tipo de violência contra nós, mulheres! Parabéns e uma boa
tarde para vocês. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e
demais presentes.) Como os Vereadores que me antecederam – Ver.ª Mônica Leal,
Ver.ª Any Ortiz, Ver. Waldir Canal, em especial; a Ver.ª Séfora Mota; Ver.ª
Luiza, Ver. Elizandro Sabino e o Ver. Janta – consagra a tradição religiosa a
que me vinculo, desde o Gênese, o papel fundamental da mulher. Dizem os sábios,
os estudiosos, e o Talmud transcreve isso, que Adão, sozinho no paraíso,
sentia-se muito solitário. Ele tinha a companhia dos anjos, Ver. Villela, mas
os anjos são seres perfeitos; ele falava com os anjos, e os anjos respondiam
toda vez que Adão os demandava, mas os anjos nunca falavam com Adão, porque os
anjos não têm angústias, não têm inquietações, exatamente porque são seres
perfeitos. E Adão se sentia profundamente sozinho, num vazio enorme, e clama a
Deus por uma companhia. Consagra a história que Deus, então, retira uma costela
de Adão e cria sua companheira Eva. Mas a história é bonita, porque o Talmud,
interpretando essa passagem bíblica, diz o seguinte – e eu já disse isso,
várias vezes, aqui na tribuna, Presidente: a mulher não foi feita da cabeça
para ser superior; não foi feita dos pés para ser inferior; a mulher foi feita
da costela, ao lado para ser igual, embaixo do braço para ser protegida, e
perto do coração para ser amada. Eu acho esta uma passagem muito linda, e que
nós precisamos sempre estar relembrando, exatamente para termos a consciência
de que somos iguais, não só frente ou ante a vontade do Criador, mas nas
missões que temos neste mundo, que, segundo a tradição hebraica, reside numa
expressão em hebraico que se chama melhorar o mundo. Essa é a missão que Deus
deseja e quer, e nos dá, nos dando ao mesmo tempo o livre arbítrio de podermos
escolher ou o caminho do bem, que segue a senda do nosso Criador e nos faz,
também ao mesmo tempo nos sentirmos bem, ou o outro caminho, que infelizmente é
o caminho do mal, mas que em nossa própria gênese, nós já sabemos quando
estamos fazendo o mal, e por sabermos quando estamos fazendo o mal, nos
penitenciamos e somos eternamente punidos, como na história de Caim e Abel.
Porque Caim, mesmo depois de ter matado seu irmão, a culpa era tão grande, que
ele não aguentava mais a voz dos céus que lhe cobravam, enterrou-se, e mesmo
embaixo da terra continuava sendo perseguido pela voz da sua consciência. E
quando fazemos coisas más, isso nos persegue. Mas o que vocês fazem é o
contrário, é a construção de um mundo melhor. Diz a escritura – e eu não sou
pastor, sequer tenho essa pretensão, mas creio, acredito
e caminho com esse propósito –, desde o início dos tempos, especialmente na
tradição hebraica, as mulheres são tão importantes, são líderes, são
profetisas, são guerreiras; Miriam, a irmã de Moisés, soube por um anjo que ia
ter um irmão, e orienta a sua mãe quando ela se angustia porque tem que colocar
o irmão num cesto. E ela diz: “Mãe, coloca porque ele tem um propósito e Deus
vai estar com ele”. E ela acalma a mãe e depois caminha até o faraó e apresenta
a mãe ao faraó. Ela sabia da sua missão. Depois, quando os hebreus peregrinam
no deserto por 40 anos, é ela que garante sempre a água, porque ela era a
profetisa das águas.
Se nós viermos na
história cristã, embora e com muito respeito...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: ...Eu concluo, Presidente. Ver.ª Lourdes, que é a
nossa Vereadora do PMDB, muito bem-vinda! Mesmo no Novo Testamento, embora a
Igreja católica assim não reconheça, mas a tradição judaica, os rabinos eram, e
são até hoje, casados, têm famílias. E Maria Madalena, segundo muitas versões,
era uma discípula de Jesus, caminhava em condição de igualdade com os outros
discípulos. Então, já na antiga Escritura, seja no Novo Testamento, a mulher
tem esse papel fundamental.
E nós não podemos
esquecer, acima de tudo, dessa missão sagrada que a mulher tem, porque é ela o
receptáculo da vida, Sr. Presidente, Ver. Thiago; Ver. Bernardino, ela,
Deputado Carlos Gomes, que tem essa condição de transmutar, de gerar a vida,
obviamente em consórcio com nós, homens.
Então, a mulher é,
não há dúvida nenhuma, um ser sagrado, assim como toda a vida é sagrada.
Portanto, eu quero cumprimentá-las, pelo trabalho que fazem, esse trabalho de
edificação de um mundo melhor, e desejar que Deus continue a todos nós
iluminando, especialmente a vocês todas que nos trouxeram essa energia tão boa
hoje para que continue cada um dando a sua contribuição, fazendo aquilo que na
minha tradição se chama de sedaká,
que é justiça social, que é ajudar a construir um mundo melhor. Isso nos livra
de muitos maus decretos, isso nos ajuda a termos uma vida melhor, e, sobretudo,
Ver. Clàudio Janta, Ver.ª Luiza, caminharmos em harmonia com o cosmos, com o
nosso Criador e conosco mesmo! Muito obrigado e parabéns a todos! (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. Bernardino
Vendruscolo reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. JUSSARA
CONY: Inicio cumprimentando a todos e todas, e a esta Mesa, a partir dos dois
homens que nela estão – Ver. Bernardino Vendruscolo e o Deputado Carlos Gomes
–, porque vocês estão muito bem acompanhados. E eu quero fazer esta homenagem
através da Cíntia, da Carmem, da Tatiane, da Isis e da nossa querida Secretária
Waleska. Acho que esta é uma tarde diferente nesta Casa. Eu falo em nome da
Bancada do PCdoB – em meu nome e em nome do Ver. João Derly. Eu quero iniciar
dizendo da importância das suas presenças, mas com uma frase que foi dita quase
no final da tua intervenção: “Nós voltaremos porque nós estamos aqui para
revolucionar”. A luta das mulheres é uma luta revolucionária, porque é
transmutar mesmo. Revolucionar significa mudar aquilo que não está bom, que não
nos serve, porque nós sempre queremos mais. Ao longo da história da humanidade
– acho que são boas essas reflexões que nós estamos fazendo porque vocês estão
nos permitindo fazer hoje aqui –, as mulheres sempre estiveram à frente das
lutas da humanidade, da história da humanidade, embora a história ainda seja
contada muito sob a ótica masculina. Mas eu não me contraponho, acho que homens
e mulheres têm que andar juntos no sentido de transformar o mundo. Nós somos
diferentes; nós, mulheres, somos diferentes dos homens, e viva a diferença! É
muito bom ser mulher. Agora, ser diferente – e isso vocês trazem aqui – não
significa ser inferior e nem querer ser mais do que ninguém. Queremos ser
mulheres, respeitadas na nossa condição de trabalhadoras, de mulheres, de seres
que estão aqui para transmutar mesmo. Há um filósofo que eu gosto muito,
francês, que diz que o grau de emancipação das mulheres mede o grau da
emancipação da sociedade. O que é emancipação para nós? São direitos iguais,
dignidade, justiça, é enfrentarmos a violência, homens e mulheres, a sociedade,
para que possamos ultrapassar algo que não é inerente do ser humano. Nós somos
diferentes porque também nós geramos a vida, nós geramos a continuidade da
espécie humana; não fazemos sozinhas, mas nós geramos. Nós reproduzimos e
mantemos a força de trabalho das nações e queremos que seja para a evolução do
mundo e não para o seu retrocesso. Vocês trazem aqui a fé – eu chamo de
espiritualidade. Nós não somos apenas matéria, nem as mulheres e nem os homens.
Nós somos em matéria os que recebem um espírito, uma alma, o anima, a vida para percorrer um caminho coletivo, solidário,
semeando o bem em uma perspectiva além de que aqueles que vêm de nós possam
colher os frutos, possam guardar as sementes para serem replantadas por um novo
mundo de harmonia, de verdade, de justiça, de paz. Um mundo em que não se
fabricam guerras para fabricar armas. Um mundo em que não tenhamos mais cercas,
nem fronteiras. A mulher tem essa dimensão da vida.
Nós, mulheres e homens que respeitam o significado
da vida na sua plenitude, não queremos mais conviver com a violência e não
podemos. E um momento como este ajuda muito. Eu quero que vocês tenham a
dimensão de como ajuda não conviver mais com a violência, a violência que se
abate na sociedade sobre as mulheres e sobre outros segmentos também pelo
simples fato de serem diferentes, Ver.ª Séfora. Ser diferente não significa ser
inferior. Somos apenas diferentes. Eu fecho os meus olhos, a essa altura, nos
meus 71 anos de idade! Eu sou mãe de cinco filhos que vieram de mim, que eu
gerei. Eu recebi dois enteados como dádiva, são filhos que chegam. Sou avó de
dezoito netos, eu tenho nove bisnetos. Nesse caminhar como mulher, como
geradora, como trabalhadora, eu digo que este momento é importante porque...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
A SRA. JUSSARA
CONY: ...O senhor é um anjo por ter me concedido mais
dois minutos, só não voa porque ainda é filhote. As mulheres sabem que para
voar tem que se percorrer um bom caminhozinho. O nosso Vereador é um grande
companheiro das nossas lutas assim como o Ver. Thiago e os demais Vereadores.
Nesta Casa, os Vereadores homens estão sempre lado a lado conosco, não é,
Séfora? Nós temos feito trabalhos muito bons junto com eles, e é isso que nós queremos.
Finalizando,
Vereador, eu saúdo essas mulheres que estão aqui. Vocês vêm somar, num momento da
história da humanidade muito importante, com muitas outras mulheres, como esta
Secretária que está aqui. Eu militei, lutei ao lado da mãe dela há anos, e ela
tem a idade do meu último filho. Enquanto nós íamos as duas juntas para a
FRACAB, nos Altos do Mercado, lutar, os nossos filhos ficavam brincando juntos.
Hoje, ela é Secretária deste Município, na linha de frente da luta das
mulheres. Também vêm somar com a União Brasileira de Mulheres, da qual eu
pertenço, com muita honra, que fez 25 anos agora.Na realidade, é isso. Como eu
gosto de poesia, eu vou dizer uma, bem pequenininha, minha – vocês merecem este
momento, pelo que vocês estão trazendo para nós: a vida se renova sempre. Hoje
é dia, Vereador, de comemorar a renovação da vida nesta Casa. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Jussara é um exemplo para todos nós.
O Ver. Elizandro Sabino está com a
palavra no período temático de Comunicações.
O SR.
ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Hoje, quando vocês estavam cantando aqui a todas as mulheres, às
Sras. Vereadoras e aos Srs. Vereadores, de uma forma muito expressiva, duas
foram as razões pelas quais nos emocionamos. A Ver.ª Mônica, com muita
propriedade, resgatou uma questão importante, porque é um marco, hoje, aqui, a
presença deste lindo coral. Primeiro, pela simpatia. É impossível ouvir vocês
cantando de forma simpática, alegre, extrovertida e não nos encantarmos. Em
segundo lugar, a emoção. É impossível nós não sentirmos a presença de Deus, eu
que sou evangélico, da Assembleia de Deus, aqui em Porto Alegre; é impossível
nós não sentirmos a presença de Deus quando vocês estavam cantando,
especialmente porque a própria Palavra diz que “todo lugar que pisar a planta
do vosso pé, ali é seu”. E esse lugar hoje está sendo representado pela
presença do Espírito Santo de Deus, quando todas vocês estão aqui com um
sentimento nobre, um sentimento lindo que é anunciar aos quatro cantos desta
Casa Legislativa que Deus é fiel, que liberta, salva, que Jesus cura, batiza,
renova, reconcilia. E essa expressão hoje trouxe muita alegria a todos nós.
Parabéns para vocês! Parabéns pelo louvor! Parabéns!
O Ver. Janta falou, a Ver.ª Mônica falou de uma
forma muito pontual, a Ver.ª Any Ortiz, o Ver. Valter falou trazendo, como
sempre, a sua sabedoria oriunda da sua tradição cultural. Ver. Canal, também
quero parabenizá-lo, o senhor tem sido luz nesta Casa e tem resplandecido essa
luz; então, perante todas essas mulheres, quero parabenizá-lo pela sua postura,
é um prazer ser Vereador nesta Legislatura com V. Exa., sinto-me muito honrado
e louvo a Deus por sua vida.
A todas as mulheres voluntárias que têm feito
excelente trabalho, o que já foi dito aqui, parabéns a vocês! Vi o vídeo da
Cristiane Cardoso, com seu esposo pastor. Li o Projeto Mães em Oração, e nós
temos um projeto em que somos padrinhos, o Projeto Mães de Joelhos, Filhos em
Pé, que é exatamente o que está posto aqui: através da oração, através do
clamor a Deus, as mães garantem que os filhos sejam libertos das drogas ou
salvos do mundo terrível que está posto aí fora. Eu também vi aqui que os
Projetos Mães em Oração e o Godllywood
visam ao restabelecimento dos laços afetivos e o fortalecimento da autoestima.
Quando eu li autoestima, eu me lembrei que minha esposa, que é psicóloga,
ministra palestras sobre a autoestima da mulher. Deputado – V. Exa. também tem
um trabalho lindo na Assembleia Legislativa –, quando eu li sobre autoestima da
mulher, eu lembrei que, normalmente, no mês de março, a minha esposa me dá um
verdadeiro cansaço, levando-me em inúmeras palestras nesta cidade de Porto
Alegre, ministrando para as mulheres. É muito lindo ver esse trabalho que
vocês, mulheres, desenvolvem, o Projeto Raabe, enfim, todos os projetos em que
vocês estão irmanadas aqui e, principalmente, como aqui já foi dito pelas
representantes de cada um dos projetos, quebram o silêncio. Quebrar o silêncio,
trazer a evidência aquilo que é mais importante, que é realmente a proteção da
mulher na sua integridade física, na sua integridade psicológica, porque,
quando falamos na proteção da integridade, nós estamos nos referindo não
somente à violência doméstica intrafamiliar física, mas também à violência
psicológica.
Portanto, eu
resumo as minhas palavras aqui parabenizando todas vocês, parabenizando todas
as coordenadoras do Projeto, o nosso querido Deputado que aqui está e, mais uma
vez, o nosso colega Ver. Waldir Canal. Parabéns, que Deus abençoe a todas
vocês. (Palmas.)
(Não revisado
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino
Vendruscolo): O Ver. Waldir Canal está com a
palavra no período temático de Comunicações.
O SR. WALDIR CANAL: Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero
cumprimentar as pessoas que estão aqui hoje na nossa Casa, abrilhantando e
demonstrando a sua força, o seu trabalho, o seu empenho no sentido de
transformar vidas, buscar a transformação e levar ajuda aqueles que realmente
precisam. Quero dizer que para nós é uma alegria estar aqui. Falo pela Bancada e
Liderança do PRB nesta tarde em que é levado ao conhecimento da sociedade um
trabalho que vem sendo desenvolvido nos lugares aonde muitas pessoas não
chegam. Nós vimos aqui, no filme que passou e onde o Projeto T-Amar, o Projeto
Raabe, todos do Godllywood têm desenvolvido um trabalho que realmente demonstra
o amor para o próximo, as pessoas que estão sofrendo, mulheres que estão no
presídio, abandonadas pela família, abandonadas pelos seus maridos, mulheres
que estão ali sem saber como vai ser o futuro delas, pessoas que, muitas vezes,
só recebem palavras de derrota, pensamentos negativos, e ali está a presença de
vocês, mulheres, nos asilos, conforme o Ver. Clàudio Janta, que nos antecedeu
aqui, na tribuna, falou a respeito dos idosos que, muitas vezes, estão nos
asilos, nas casas de longa permanência, estão abandonados pela família. Àquelas
mães que não sabem o que fazer mais com os seus filhos, crise familiar, crise
conjugal, o trabalho desenvolvido dentro do Godllywood mostra a força, o
empenho, a perseverança e o que é importante destacar: um trabalho voluntário,
um trabalho que visa, única e exclusivamente, a fazer o bem, resgatar, mostrar
o caminho, mostrar a solução para aquelas pessoas que, muitas vezes, acham que
não existe mais saída para elas. São muitas as mulheres que vivem abandonadas,
agredidas, violentadas no seu íntimo, sofrendo violência física, violência
mental, psíquica. Muitas são as pessoas que estão sofrendo e não sabem a quem
recorrer. E o trabalho que vocês têm desenvolvido e nós acompanhamos aqui pelo
filme eu posso testemunhar, porque já estive junto em alguns eventos; o nosso
colega Ver. Dr. Thiago também esteve no lançamento do livro, que mostra
depoimentos de mães, mulheres, que conseguiram salvar, resgatar a sua família.
O Ver. Valter Nagelstein falava a respeito de
Raabe, que foi a mulher que conseguiu salvar a sua família da destruição. E é
isso que essas mulheres, coordenadas pela Sra. Cíntia Cucato, têm feito, salvar
vidas, salvar famílias. Quero parabenizar todos vocês e dizer que esse é um
trabalho que, com certeza, já está se espalhando pelo mundo afora e é um
trabalho que tem a bênção de Deus, continuará realizando aquilo a que vocês
estão propostos a fazer, que é transformar vidas através desse amor ao próximo.
Que Deus abençoe a todos. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Séfora Mota está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. SÉFORA
MOTA: Boa-tarde a todas, lindas; este plenário está muito lindo! Essa galeria
com mulheres maravilhosas; boa-tarde a todos os colegas. Eu estou
empolgadíssima hoje; ao querido Presidente, ao nosso Líder Deputado Carlos
Gomes; a minha amiga pessoal, Waleska – adoro; e essas meninas maravilhosas,
que cantam muito bem por sinal, e eu gostaria muito de cantar assim, porque eu
amo cantar. Bom, vamos falar aqui o nome: Cíntia
Cucato; a Carmem Pereira; a Tatiane Silva; Isis Albuquerque. Eu fico muito
feliz com tudo o que venha para resgatar a autoestima de nós mulheres. Eu sou
uma mulher que sofre muito preconceito, porque eu escolhi ser diferente. Eu não
nasci Séfora à toa, eu nasci para ser diferente, eu nasci para ser eu, e
simplesmente quero ser respeitada pela minha maneira de vestir, pela minha
maneira de me portar, pela minha maneira de falar, de agir. E é assim, porque é
assim que eu faço com os outros. Ser diferente não é ser mais nem menos, que
nem a minha amiga Jussara Cony diz, é ser único. E todos somos únicos; cada um
naquilo que escolheu, cada um dentro daquilo que foi criado. Eu quero
parabenizar vocês todas por todos os projetos que eu sei que vocês desenvolvem,
por toda a doação. Quando a gente se doa, na verdade, o maior presente é para a
gente mesma, porque é muito importante. Eu amo ser mulher, eu tenho muito
orgulho de ser mulher, de ser assim, do jeito que eu sou. A gente sofre, a
gente pena, nós somos multifuncionais, a gente tem que dar conta de tudo o
tempo inteiro, a gente tem que provar, a cada dia, que é capaz de um pouquinho
mais. A gente sai de casa e já tem barreiras: é o preconceito dos homens, é o
nosso preconceito, porque nós ainda somos muito preconceituosas. Então,
meninas, vamos nos unir, vamos nos respeitar e nos ajudar porque é assim! A
mulher com a autoestima renovada, a mulher se amando, se respeitando, é assim
que o mundo vai enxergar, porque nós temos o poder. Não existe ser mais
poderoso do que a mulher: ela é capaz de gerar um filho, de colocar o filho no
mundo e de continuar vivendo sem a presença daquele filho. Quantas assim
conhecemos, e elas continuam a luta. Nós nos renovamos a cada dia; a cada
dificuldade, a gente aprende uma nova maneira de encarar a vida, de se colocar
na vida, de viver.
Eu não tive filha mulher e acho que não vou ter
mais, acho que já encerrei a minha cota de crianças. Eu amo crianças! Um dia
vou ter uma creche para ter um monte de crianças. Mas eu tenho uma
responsabilidade e, hoje, eu tenho mais certeza do que nunca de que Deus me deu
dois meninos para que eu, uma mulher diferente, que escolheu ser diferente,
educasse, ensinasse esses meninos a valorizar a mulher, a amar o próximo, a
respeitar os diferentes e as diferenças. E é por isso que a gente luta.
Os homens são importantíssimos na nossa vida, aqui
nós temos parceiros mesmo. A gente coloca os nossos Vereadores homens sempre
junto com a gente, e lá estão eles sempre, o tempo inteiro, com muito respeito.
E é isso! Eu quero ver mulher na política, eu quero ver... A mulher pode ser o
que ela quiser ser: eu posso, eu quero, eu consigo.
Eu não sou uma pessoa muito religiosa, mas eu tenho
uma fé imensa: eu tenho fé em mim, eu ainda acredito no ser humano, eu ainda
acredito que a gente tem muita coisa para fazer. E, se a gente tem vontade, se
a gente tem coragem, a gente faz, dá conta de muita coisa, e a gente tem que se
colocar dessa maneira. Parabéns pelo trabalho de vocês! Contem sempre comigo
onde for para falar de mulher, de quão é importante. Eu gosto de ser mulher, eu
tenho muito orgulho, e mãe, porque eu amo ser mãe, eu amo criança. Eu acho que
a gente tem uma responsabilidade muito grande, porque nós somos as formadoras
dos cidadãos. Somos nós que educamos, somos nós que colocamos as crianças que
se tornam adultos. Agora, que tipo de adultos e que tipo de pessoas nós estamos
colocando no mundo? Boas pessoas? Que respeitam as diferenças? Que respeitam os
desiguais? Que são atuantes? Que vão fazer algo de bom? É essa a reflexão. E eu
vejo que o trabalho de vocês é muito importante por isso, por resgatar a
autoestima da mulher, para a mulher se sentir capaz, valorizada. Porque nós –
de novo eu falo – podemos ser o que quisermos e nós merecemos respeito! Muito
obrigada, sejam sempre bem-vindas. Eu estou muito feliz, muito emocionada em
ver este plenário, lindo e recheado de mulheres lindas, porque vocês são todas
lindas; nós somos lindas e poderosas. Contem comigo sempre que precisarem, e
esta Casa é de vocês também. Muito obrigada pela participação. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Luiza Neves está com a palavra no período
temático de Comunicações.
A SRA. LUIZA
NEVES: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.)
Eu gostaria de falar, senhoras e senhores, para esta linda plateia e para todos
os que estão nos assistindo através da TVCâmara, que esta tarde é muito
especial. Eu gostaria de falar também que, há alguns dias, no momento em que vi
que esta homenagem estava sendo proposta, eu me informei, porque tinha dois
itens aqui que me encantavam e se encaixavam com a minha pessoa e com o meu trabalho
enquanto Parlamentar nesta Casa, o projeto que visa a resgatar mulheres
vítimas de violência, já que sou Presidente da Frente Parlamentar de Combate à
Violência Contra a Mulher; e Mães em Oração, já que eu sou uma mãe e uma mulher
de oração, por ser evangélica, também. Então, nesse momento, liguei para vocês,
tentei me informar melhor sobre o projeto. E já conheço alguma coisa, porque,
talvez tu não lembres, Cíntia, mas eu estive participando do Sisterhood no ano
passado com vocês, que é um projeto lindo, também.
Ao ler sobre esse projeto Mães em Oração, sobre o
projeto Godllywood, eu vi o quanto interessante é quando a valorização da
família é realizada, através deste projeto. Enquanto estamos vivendo dias, num
mundo em que o objetivo é a desconstrução familiar, a destruição da família e
tantas outras coisas, vemos um plenário cheio, um plenário lindo, que faz um
trabalho voluntário de valorização da família.
Quando a Ver.ª Mônica falava aqui, queridas amigas
que estão presentes neste plenário e que lindamente o abrilhantaram com aquele
louvor, que este Plenário não seria mais a mesma coisa a partir de hoje, eu
concordo plenamente. Nós entendemos, Ver. Waldir Canal, quando elas usam o
termo espiritualidade, pois nós conhecemos o Espírito Santo que está neste
lugar, através da vida de vocês. Nós conhecemos e reconhecemos essa
espiritualidade, porque nós temos uma comunhão especial com o nosso Criador. É
por isso que me alegra, nesta tarde, estar fazendo esta homenagem e estar
falando sobre um trabalho tão importante como o Projeto Raabe, que trata da
violência contra a mulher, como o Projeto T-Amar, que fala sobre o amor e de
resgate de vidas, e o Projeto Mães em Oração. Nós, aqui, mulheres, a maioria
mães, sabemos da importância da oração de uma mãe. Tenho uma filha de 21 anos,
que é uma bênção. E eu sei que hoje a minha filha de 21 anos é resultado de
muita oração. Dia 24 de agosto, ela se formou em Relações Internacionais, com
apenas 21 anos de idade, com fluência em Inglês e Espanhol. Eu não falo isso
para me orgulhar, mas para testemunhar o poder da oração de uma mãe. E é por
isso que estou aqui nesta tarde falando com muita alegria, com muita
satisfação, porque não estamos falando só para este Plenário; estamos falando
para muita gente que está nos assistindo pela TVCâmara, e toda vez que eu subo
a esta tribuna eu jamais me furto de falar desse Deus que é grandioso, que é
poderoso, que é justo e que é fiel. É por isso que eu quero parabenizar vocês:
pelo trabalho – um trabalho que produz resultados, que é eficaz. E também quero
dizer que em raros momentos nesta Casa tivemos um plenário tão lotado e com
essa vibração que nós conhecemos muito bem.
Eu gostaria de deixar aqui uma meditação, que nós
encontramos no livro de Tiago, capítulo 5, versículo 15, que diz: “Muito pode a
oração de um justo em seus efeitos.” E é isso que vocês estão fazendo aqui
hoje: recebendo o resultado das orações de vocês. Parabéns! Que esse trabalho
seja longo, seja profícuo. Parabéns a cada uma das coordenadoras e que Deus continue
abençoando. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Sra. Waleska Vasconcellos, Secretária Adjunta da
Mulher, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, está com a palavra.
A SRA. WALESKA
VASCONCELLOS: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e
demais presentes.) Quando venho à Câmara, em alguns momentos este plenário está
vazio, e sempre comento que o plenário deveria estar cheio. E ele está cheio
hoje; e isso me deixa bastante feliz.
É uma pena que alguns Vereadores não puderam ficar,
porque eles são parte importante deste plenário cheio, mas tenho absoluta
certeza, sem desmerecer nenhum, que os que estão aqui o fazem porque acham
importante este momento. E ele realmente é importante.
É bem difícil falar depois de alguém cantar. E
vocês cantaram muito bem, meninas! Parece que a fala fica sem sentido. O
trabalho que vocês fazem, eu confesso que conheci hoje, antes de vir para cá, o
que é esse projeto de vocês. O que vocês fazem é o que eu e os meus colegas da
Secretaria fazemos na esfera pública, em relação às políticas públicas. Vocês
também estão enfrentando a questão da violência na forma dos projetos que vocês
entenderam, dentro da crença de vocês, serem importantes. Eu fico muito
satisfeita quando eu vejo em lugares como esta Casa, que é a casa do povo do
Município, como é a Assembleia Legislativa a casa do povo do Estado, que
existem várias crenças, de pessoas diferentes, e que isso não é problema.
Ultimamente a gente tem visto algumas coisas que não são, pelo menos na minha
visão de ver o mundo, coisas muito agradáveis. Eu sempre que venho a esta Casa,
ou pelo menos algumas vezes que vim a esta Casa, sempre fiz referência à Ver.ª
Jussara Cony, que é uma pessoa de quem gosto muito. A gente costuma dizer que
as nossas mães – a minha já faleceu – não tinham onde nos deixar, então nos
levavam junto para as reuniões para falar sobre políticas para as mulheres,
numa época em que era bem complicado, não era esta barbada como é hoje, digamos
assim, porque estamos num processo democrático e ninguém duvida disso. Então
nós fomos obrigadas a entrar no movimento social junto com as nossas mães, por
falta de ter onde ficar ou com quem ficar. Quando nós optamos, pelo menos falo
por mim, quando pudemos optar, optamos por ficar, e é por isso que estou aqui,
é por isso que tenho a honra de militar no movimento social desta Cidade, tenho
a honra de defender as mulheres como minhas iguais e minhas desiguais também. A
função de vocês, que era o que eu estava falando no início, que gostaria de
deixar claro, é a mesma nossa. Nós, do lado de cá, como gestores, fazendo
políticas públicas e colocando essas políticas públicas que são demandadas pelo
movimento social para nós; vocês, de uma outra maneira, também fazendo uma
política pública de proteção às mulheres. A gente não pode se furtar... Fico
extremamente – talvez a militância nos endureça, não é, Jussara, e tu sabes
disso, às vezes a gente tem que criar mecanismos para não ser tão dura. Eu às
vezes ouço coisas na mídia que me deixam extremamente desagradada: a forma como
alguns políticos falam sobre as mulheres. Dias desses tive o desprazer de ouvir
um programa, um programa muito pertinente sobre dois assuntos muito
interessantes: a questão da invasão desta Casa e a CPI da Procempa. Na ocasião,
alguém disse, perguntou – até comentei com o Ver. Ferronato que está na minha
frente –, a pessoa que comandava o programa perguntou se existe nepotismo em
tal lugar? Sim, mulheres que têm amigos íntimos e que prestam favores em troca
de emprego. Eu fiquei muito chateada com isso, porque acho que as mulheres
precisam ser respeitadas, e vocês fazem este trabalho, pelo que elas são e não
por suas ações, como se nós mulheres só conseguíssemos empregos e bons cargos se
dormíssemos com alguém, com um homem ou com uma outra mulher. Então, isso me
desagrada bastante ver! Mas que bom que existe, fora desse eixo de políticas
públicas de se fazer e demandar, mulheres como vocês quatro, meninas; mulheres
como todas vocês que estão sentadas aí na plateia e que se dispõem a fazer um
trabalho voluntário.
Acho que a oração é importante na minha crença, e
faço isso como referência a uma colocação feita pelo Ver. Valter Nagelstein.
Tenho a minha crença também; acho que a oração é importante, mas junto com a
oração é importante nós termos políticas públicas de defesa dessas mulheres que
são vítimas de violência. Muito obrigada, um ótimo trabalho a todas e uma boa
tarde! (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Secretária Waleska, por ter outros compromissos,
se despede neste momento. Nós entendemos, como entendemos também a ausência de
alguns colegas Vereadores que têm seus compromissos. A Ver.ª Lourdes Sprenger
está com a palavra no período temático Comunicações. (Pausa.) Passa. O Ver.
Delegado Cleiton está com a palavra no período temático Comunicações.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Sr. Presidente e Srs. Vereadores (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Quem canta seus males espanta, dizia a minha mãe. Eu já estava lá
cantando e fazendo coreografia junto com as meninas daquele lado. Trouxeram
para cá felicidade. Isso é bom! Nós vimos... O Presidente me deixou por último
e fiquei muito feliz, porque acompanhei o depoimento
dos colegas, grandes depoimentos. Ouvi citarem trechos da Bíblia, ouvi
depoimentos pontuais de todos, de homens e mulheres, mas eu vi uma coisa muito
mais importante: de todos que vieram a esta tribuna, todos falaram com o
coração. Todos falaram diretamente do coração! É o que as senhoras aqui fazem,
este trabalho que é vindo do coração, este trabalho de apoio, de solidariedade,
que é muito importante, o resgate da autoestima das pessoas, da autoestima das
mulheres, este trabalho de transformação interior, de aconselhamento. E o
principal: o trabalho do empoderamento das mulheres. Com as mulheres
empoderadas, a família está empoderada, porque é com a mulher, com a sua
liderança, com o seu trabalho em casa, com o seu trabalho fora, com o seu
trabalho militando na política, com o seu trabalho de ensinamento, com o seu
trabalho de transformar o filho num homem... Como dizia a Jussara, “é o
renascer”, e o renascer está com as mulheres. Não é à toa que Deus deu esse
poder às mulheres, que hoje buscam igualdade. E eu sempre digo que estão à
frente de um grande homem. Já não é mais nem ao lado. Alguns diziam atrás, mas
eu acho que à frente de um grande está sempre uma grande mulher.
Então, eu presto esta
homenagem às mulheres aqui da Casa, à Luiza, à Jussara, à Mônica e às demais
mulheres aqui da Casa. E também aproveito este momento para prestar uma
homenagem à minha esposa, à minha mãe, à minha mana que há pouco faleceu, que
foram grandes mulheres, também presto homenagem para a mãe da Secretária
Waleska, que saiu agora, que foi uma grande militante do meu Partido, a Dona
Tereza, que soube trabalhar. Eu era garoto no bairro e ela fazia um trabalho
comunitário muito forte de empoderamento das mulheres. Já naquela época, há
muitos anos, ela fazia este trabalho de empoderamento das mulheres. Eu gostaria
que as senhoras me permitissem fazer uma homenagem, em seus nomes, a essas
pessoas, à minha esposa que também é uma grande guerreira e que também faz este
trabalho de apoio, de fé, de autoestima nas comunidades em que nós dois trabalhamos.
Obrigado a todos e obrigado por este momento de alegria, de felicidade que nós,
aqui na Câmara, tivemos com todos vocês. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Airto Ferronato está no período temático de Comunicações.
O SR. AIRTO FERRONATO: Meu caro Presidente
Bernardino, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e
demais presentes.) Trago aqui a nossa saudação em nome do meu Partido, o PSB,
em meu nome e do Ver. Paulinho Motorista. Em 1989, eu já estava aqui na Câmara
como Vereador de Porto Alegre. Lá se vão duas décadas e alguns outros anos.
Certamente a Ver.ª Jussara, que também esteve conosco naqueles tempos e anos,
vai confirmar que foi a primeira vez, nesse espaço todo de tempo, que podemos
ver a nossa plateia, a nossa galeria, com uma exceção que vejo daqui,
completamente ou praticamente lotada e 100% lotada por mulheres jovens e nem
tanto. E esta presença que faz uma diferença, vamos dizer assim, muito grande e
que expressa aquilo que Vereadores e Vereadoras falaram aqui, nesta tarde
especial. E eu diria especialíssima por duas questões: a primeira, a
religiosidade, a fé; a segunda, a ação social que se envolve nisso; e a
terceira, a presença da mulher. Falando nisso, eu quero, primeiro, fazer um
parêntese. Agora, no dia 2 de julho, e os Vereadores acompanharam bem de perto,
a minha mãe faleceu. E a minha mãe, velha professora, faleceu com 87 anos,
praticamente estava lá com os seus 50 ou mais anos de aposentada. Ela, além de
uma série de outras enfermidades que tinha, sofria de Alzheimer. Dois ou três
dias antes de falecer, ela sorria e dizia assim: “Chamem as crianças para
dentro da sala de aula, que o recreio terminou”. Este é o recreio da nossa
vida, é o recreio que nos faz pensar a nossa existência e o que fizemos no
jardim da nossa caminhada. O que aconteceu ali, na minha análise? A minha mãe,
aos 87 anos, logo depois faleceu, depois daquele comando que terminava o
recreio, lecionando, e, por si só, isso expressa o que é o sentimento, o
coração, o gostar, o fazer aquilo que queremos fazer, fazer aquilo que a nossa
alma se sente bem fazendo, num trabalho de carteira assinada ou não, e a
construção coletiva dessa ação é uma construção que merece uma reflexão. A ação
social comunitária, voluntária, não remunerada traz consigo muito mais do que
aquilo que se expressa nas mentes de cada uma das pessoas sensatas, que é: eu
estou aqui e aqui faço aquilo que o coração manda que eu faça, e faço por amor.
Só o amor, eu diria, constrói, mas só o amor constrói a felicidade de cada um
de nós por aquilo que fazemos, mas esse amor não é suficiente, não; o amor ao
próximo é aquele que mais constrói. Eu sou católico, como aqui já foi dito.
Aqui nós temos uma composição de homens e mulheres com suas crenças e fé, mas
todos irmanados naquilo que compreendemos que é o caminho da humanidade para a
felicidade humana. Os tempos mostraram que o caminho dessa construção de
felicidade teve os seus entraves; e esses entraves se superam com a
participação de cada um de nós contribuindo para a construção do bem-estar
social. Por isso, eu quero dizer que compreendo as diversas religiões, como a
grande família construída por primos na fé. E nós, primos, sempre nos queremos
bem.
Portanto, estamos aí
para trazer um abraço a todos, para cumprimentar a todos – essencialmente a
todas vocês – e para dizer que é a partir desta presença comunitária, social,
participativa que se constrói um mundo melhor para todos nós. Um abraço,
parabéns e obrigado!
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. JUSSARA CONY: Presidente, é
impossível não dizer. O pessoal que está acompanhando vocês, eu, a turma que
está ali daquele lado... Acabou de pousar uma pomba ali em cima. É uma pomba da
paz! Eu acho que nós temos que celebrar mesmo a paz. As mulheres celebram a
paz.
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Que assim seja!
O Deputado Carlos
Gomes pede escusas pela necessidade de se ausentar, pois tem outro compromisso
agora.
As senhoras estão com
a palavra para as considerações finais.
A SRA. CÍNTIA CUCATO: Então, mais uma vez,
eu e todo o grupo Godllywood gostaríamos de agradecer pela oportunidade, pela
atenção que todos os Vereadores e as Vereadoras nos deram; nós recebemos todas
as palavras com muito carinho e com muito respeito também. Obrigada pelo apoio
de todos e podem ter certeza de que ainda vão ouvir falar muito da gente. Nós
iremos, realmente, revolucionar, ajudar cada uma dessas mulheres que tanto
precisam. Mais uma vez, obrigada pela atenção e pela paciência de todos.
(Palmas.)
A SRA. ÍSIS ALBUQUERQUE: Agradecemos ao
Presidente Dr. Thiago e a todos que compõem esta Mesa, neste dia. Podemos ver
que há um compromisso de todos vocês com a verdade e em fazer a diferença.
Encerramos dizendo que juntos somos muito mais. Obrigada pela oportunidade.
(Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Esta Casa agradece a participação de todos. Sejam sempre bem-vindos.
Quero cumprimentar os Vereadores proponentes: Ver. Dr. Thiago, Ver. Waldir
Canal, todos falaram em nome da sociedade, tenho certeza disso, pois todos nós,
Parlamentares, representamos a sociedade. Assim, sintam-se bem cumprimentados
por todos nós. Sempre que puderem venham a esta Casa que é do povo.
A Ver.ª Mônica está
pedindo que vocês cantem mais um pouco.
A SRA. ISIS ALBUQUERQUE: Agora, temos
que fazer com que todos cantem. Emprestem o papel com a letra da música para o
pessoal, para os Vereadores, acho que dá para ler em dupla. Quero ver também
aqui o pessoal cantando, já que disseram que quem canta, seus males espanta;
vão todos sair daqui levinhos. Agora que estamos no final, vamos cantar todos
juntinhos, como a gente é, esta família tão especial.
(Procede-se à
apresentação musical.)
A SRA. CÍNTIA
CUCATO: Muito obrigada, de verdade mesmo. Deus abençoe a todos.
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Nós é que agradecemos. Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 16h51min.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo – às
16h52min): Estão reabertos os trabalhos.
Visivelmente,
não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão
às 16h53min)
* * * * *